sábado, 17 de agosto de 2013

Sentido

Ouvi aquela voz mais uma vez
Clamando meu nome, tão suavemente
Que se confundia com assobio do vento.

Pensei que nunca mais a ouviria
Talvez nem mesmo lembrasse
Qual tom me fazia acordar,
Usar as próprias mãos, sonhar.

Mas eu mesma me dei o trabalho
De registrar aquele som
Único de cada um,
O que jamais ousou calar.

E no silencio de noites estreladas,
Fez-me descobrir a nossa maneira de ser,
Ouvir o que qualquer palavra
Não poderia definir o sentir.

Provavelmente, aquilo era canção
Que a mente tratou de ‘poesiar’ no vento,
Mas prefiro acreditar no que tenha sentido,
Dar vida ao que parecia não ter cor.

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