sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

(des)Equilíbrio

E por um leve
E arrebatador beijo
O que parecia certo,
De repente, cai.

Sentimentos a flor da pele,
Quando não mais ocultos
O tudo ou nada
Revela-se igual.

Dos encantos, canção de amigo.
Da justiça, deixa se entregar.
Da harmonia, sábia indecisão.

O xis da questão interroga,
A sina acerta em cheio:
Em silêncio, o peso se desfaz,
Era a balança... um sonho.

sábado, 11 de janeiro de 2014

Independência ou morte

Nesse quarto fechado
Não tem pra onde ir
A vontade de voar é imensa
Não posso ir além de três passos no chão.

Uma fresta se apresenta
Mas é árduo decidir
Quando não se tem chave
O coração perde as asas
Tem medo de qualquer queda.

Sair ou ficar?
Luz ou escuridão?
Tornar visível,
Caminho intransitável,
Um arrependimento...

Independência ou morte?
Eis a questão!

(Paloma Israely & Ermeson Nathan)

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Resposta errada

Quando espero um “não”
O vento me traz um “sim”.
Se quero que aceite
Me olha com rejeição.

Se almejo uma voz
Ouço apenas silêncio
E do contrario
Um grito se faz.

Tua certeza me confunde,
Tua dúvida não me convém.
Eu quero sempre mais
Do tudo que ainda tenho

Desejo uma resposta,
Mas qual a pergunta?
E a angústia volta ao início.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Eu, balão!



Um vaso
Cheio
De ar...
De tão
Leve
Voou.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Distancia

Um perigoso caminho,
Pouco mais de um metro e meio,
Traçado delicadamente a lápis de cor,

Repleto de verde perfumado
Confia os olhos aos céus.
Flores nobres desabrocham,
Seguem atentas o percurso do sol.

A primavera aproxima o outono:
Folhas amarelam, secam, caem
E dos grande sorrisos
Só uma gota restou.

A distancia pode não ser tamanha
Mas curvas desfazem estações,
Num leve piscar de olhos
O que era flor murchou.