Livros, anotações e uma página em
branco... Tanta informação, tanto a ser dito, mas antes preciso parar e pensar
em todo sentimento que há em mim.
Eu poderia dizer “foco, menina”,
mas o rio da saudade me convida a um passeio debaixo de chuva e, no fundo, eu
sei que é ele quem vai me deixar de pé.
Eu poderia ter medo e continuar sob
o cobertor, mas não, eu não poderia... Eu vou de pés descalços, na água ou no
chão, pulando, nadando, até que uma nuvem com seu abraço aconchegante me
permita ver o sol.
Eu poderia parar no meio do
caminho e dizer que tudo está bem, mas não está. Me falta o ar, me faltam
flores... Só me resta a fé.
Quando creio ser pouco ou quase
nada o que há em mim transborda sem querer parar. Sou cheia de amores e sonhos
coloridos que se multiplicam a cada tom e novo arco-íris que se apresenta
após um vendaval.
E depois de olhar o espelho volto
ao papel em branco que, agora rabiscado, me encoraja a seguir. Um livro, um
girassol, um amor... Tenho tudo pra ir além.