terça-feira, 29 de outubro de 2013

Antes que me perguntem "biblioquê?"

Quem é o bibliotecário?
O dicionário logo nos diz:
Conservador, administrador 
Ou funcionário de uma biblioteca.
Mas essa visão é muito compacta
Ele tem grande leque nas mãos,
Pode ser também conhecido
Como agente da informação.

A informação é conhecimento
Registrado em qualquer suporte,
Da oralidade até o livro,
Das paredes à fotografia...
É um mundo, também, virtual.

Portanto, biblioteca é apenas um
Dos campos que o bibliotecário atua.
Arquivos e jornais, museus e hospitais,
Ele pode estar no Google e centros culturais.

Ser bibliotecário é,
Além de conhecer os termos técnicos
E suas práticas (catalogação, indexação),
Preocupar-se com o mundo lá fora
Quem somos, onde estamos

E o que queremos para além da informação.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

A prioridade de um sorriso

Era uma manhã nublada de quarta-feira, ele ia se encontrar com alguns amigos pra concluir um trabalho da faculdade que teria de apresentar na noite do dia seguinte. Saiu de casa dizendo que logo voltaria, mas no caminho aquela canção ecoou na sua mente repetidas vezes: “e por falar em saudade onde anda você, onde andam seus olhos que a gente não vê”.
Parou em frente a rodoviária. Pensou. Passou a mão no bolso direito do short jeans, havia alguns trocados. Olhou o relógio, estava atrasado para o compromisso e o ônibus já estava a partir, mas não custava tentar. No fundo ele sabia que daria certo, mas precisava daqueles poucos minutos para encorajar-se.
Entrou na rodoviária, perguntou o preço da passagem, contou seus trocados e se certificou de que era o suficiente para ir e vir. Pegou o bilhete e o cheirou, como se exalasse um certo perfume. Era o primeiro passo pra ver o sol brilhar dentro de si. Sorriu.
Ligou para um dos amigos que o esperava e disse que não poderia comparecer, mas quando possível explicaria o que houve. Como se fosse ser compreendido, pensou.
Chegou à cidade que ficava a duas horas da sua e com o coração saltando pela boca apertou a campainha da casa número 454, rua das Borboletas. Uma, duas vezes... o único barulho que ouvia era o assobio do vento.
A um passo de descer a calçada, triste e quase arrependido por ter deixado pra traz seus afazeres na esperança de encontrar um sorriso nos olhos de alguém, ouviu a porta abrir e uma doce voz dizer “amor?!”.

Aquilo era o bastante pra voltar a sorrir e num abraço apertado poder sentir o sol.

domingo, 6 de outubro de 2013

Dos encontros

Ver teus olhos cerrados
Ou em direção ao chão
Entristece-me a alma
Convida o rio a desaguar.

Por que não me olha?
Não encara meus olhos
Como um dia bem fez?
Não me mostra um sorriso
Como sempre fez?

Tão intenso
O sol brilha lá fora
E eu em silêncio grito
Por não conseguir entender
Como pode o gelo não derreter
Diante da luz solar?!

Nossas verdades (não) ditas
Multiplicam desencontros
Quando se mostra sereno

Sei que aí não há paz.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Ser presente

A sintonia se explica
Quando nascemos nesse instante,
Da mesma luz somos afeto
Me aquece bem mais perto,
Do amor somos um só.