sábado, 22 de junho de 2013

A voz (en)cantada nas ruas

O que devia ser dito
Depois de tudo que foi visto
Da calçada nunca passou

Dentro de casa
De braços cruzados
Falando baixinho
Não se pode mais

De tanto encher de pólvora
A bomba um dia explodiu
O tudo e/ou nada começa a pesar

É chegada a hora
Por você, por mim, por nós
Levantar as mãos, bater o pé
E entoar ao menos um refrão

A rua é onde a voz ecoa
Onde o vento se transforma em música
E nossas verdades, levará a todo lugar.

domingo, 9 de junho de 2013

(de)encontro

Como se meus pensamentos
tivessem sido mexidos pelo vento
depois daquele tocar de mãos
enxergava-se apenas letras em dança

um só verso não foi lido
uma só palavra não foi dita

as mãos suadas tremeram
como se tudo ousassem dizer
até as horas deram as costas
melhor não ver o sumiço da cor