sábado, 26 de janeiro de 2013

Canção de um por do sol

O amarelo não ofusca minha visão
Admirá-lo sozinha já não tem a mesma graça.
A canção que embalava meu peito 
Precisa de companhia pra tocar no mesmo tom
Sozinha não há harmonia, 
Sozinha só há disritmia.
O que agora ouço, eu já sabia
Desnecessária, decidi (des)pensar.
De perto parece um tanto embaçado
Enquanto as palavras não ditas
Querem saltar dos meus olhos.
Mas isso eu não permito, 
Talvez algo escrito deixarei amanhã.
O que antes eu dizia não faz nenhum sentido
E com medo do perigo entro em contradição.
Tem horas que não queria ser eu mesma
Queria ser pássaro, pena, uma flor
Mas sendo quem sou
Devo aprender a (re)inventar...
Aquela canção de um por do sol.

domingo, 20 de janeiro de 2013

Chuva corre, lembranças veem

Ouvindo o lamento naquela canção 
Por falta de chuva
Saudade bate no peito,
Parece não querer parar.
Agora sinto algo germinar
Inelutável, nos meus olhos
Daquela chuva que ontem não caiu
Por alguém me segurar.
Mas que hoje, sozinha 
Meu rosto insiste em molhar.
Lembro-me dos dias verdes 
Que me embalava no colo,
Do azul do céu 
Que me ensinou a contemplar,
Do sol que queimava 
Assim como nossos sonhos,
Da vontade de voar alto, 
Além de um avião 
E navio em alto mar.

Enquanto a chuva corre
Essas lembranças veem...

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Dores minhas, cores do céu

Acordo na madrugada
E cada pingo de chuva
No telhado faz doer.
O dia começa nublado
O coração quase fechado
Parece agora diminuir.
Quando quer bater
Sinto que apanho
E a cabeça girando
Não quer mais parar.
Os olhos veem
O que não quero mais ouvir,
A ausência de sol
Escurece minha vista.
Não quero enxergar
O barulho do silêncio
Mas me contento ao lembrar
Tudo isso é efêmero
Dias assim precedem arco-íris
E é essa energia/leveza
Que me faz levantar.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Imbróglio

Não quero mais ser eu mesma
Às vezes queria ser como você
Certos erros parecem não ter perdão
Por mais que se diga “deixa pra lá”
Sempre tem algo que nos faz lembrar.
Não quero que seja sempre assim
Às vezes não vejo sentido algum
Fico querendo mostrar o melhor de mim
Mas quando olho o reflexo no espelho
Vejo algo que não faz bem aos olhos.
Não quero esse sentimento ruim por perto
Às vezes não sinto ter por inteiro
E, ao mesmo tempo, também não entrego.
Aquela maquiagem quase não deixa enxergar
Aquele sorriso parece  agora camuflar 
Olhando de longe parece felicidade plena
Hoje faz parecer um tanto efêmera.
Não quero ouvir a mesma música
Às vezes penso ser muita repetição
Uma só palavra já me basta
Mas logo vem o silêncio
Se não repete, não tem canção
E eu fico procurando o botão on/off
Mais fácil seria se dependesse do querer
Não quero ter o controle, pensando bem
Às vezes eu só queria (não) ser...

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Eu acredito!

Acredito em quem espera mudança
Em quem tem esperança.
Que seja hoje
Que seja amanhã
Que seja agora
Ultimo dia do ano,
Época de promessas e desejos,
Pessoas cheias de vontade,
Vontade de sorrir...
Alguém argumenta tudo ser falso,
Pode até ser convincente,
Mas eu não sei dos outros,
Às vezes nem sei de mim.
Término e início de mais um ciclo
Olhos voltados para o céu
Que no artifício de tanto brilho
Faz-se refletir sobre si mesmo
Energia positiva
Sentimentos bons
Que seja hoje
Que seja amanhã
Que seja agora
Que seja uma hora
Eu acredito!