sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Um Tal (de) Castelo


Ela viu borboletas num dia azul
Cores combinadamente incomuns
Leves asas rosa-laranjas sobre o negro
Três vezes voam de um ponto a outro
Um reflexo traz a poesia do lado esquerdo
Brilham os olhos quase a chorar
Lembranças de um grande castelo
Que colorido com suas flores
Mostrara o belo, o certo
E a força que há dentro de cada um.
Lá ela não pode mais voltar
O passado só se revive na memória
O grande dia está chegando
Grande será a ausência do abraço
Aquele que a ensinou e fez forte
E como as borboletas, voa leve
Mesmo não podendo tocar/ver
O castelo não sairá de dentro dela
Lágrimas poderão tornar-se doces
E o vazio...  Alimentará.

domingo, 16 de setembro de 2012

Um arco-íris preto e branco

O oráculo me disse há alguns dias

Que tenho dois caminhos a seguir

Entre sorrisos e lágrimas

Devo escolher o amor

Aquele feito sob medida

Que colore os meus olhos


Mas circunstâncias

Me impedem de pintar

Não enxergo com clareza

As cores do céu em tela


Vejo apenas os tons de cinza

Que nos dia de muita chuva

Escondem a luz do sol

Então, pergunto-me

De que adiante a cor

Se nada dela ainda sei dizer?


Dúvida e medo agora me consomem

Não que eu não saiba o que sinto

Na verdade são sentimentos

Que ainda não aprendi a lidar.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Primavera




Que a primavera venha depressa
Com sua aquarela de flores pinte
O escuro do que ainda há de vir
O cinza da saudade do passado
Misture o branco dos amores
Às cores de sonho e realidade
Para que os dias sejam suaves
Que a leveza una os corações
A estação torne os dias belos
Assim como aquele ipê amarelo.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Cálice

Tentar se concentrar é desconsertar-se

Aquela melancólica canção não para de tocar

Chuva ainda insiste em cair dos olhos

Trovões assustam, enquanto a lua perde o brilho

Até os olhos vermelhos do semáforo parecem chorar

O tambor continua a forte bater, involuntário no peito

Não sabe o que dizer, sinta-se

Se palavras são erros, cale-se

Só pra ter certeza, permita-se

Do vinho do silêncio, embriague-se

Do que ainda não se viveu