domingo, 23 de novembro de 2014

Son(h)o de Morfeu

Quem lhe ordenou que me acordasse a essa hora,
Não me permitisse um son(h)o,
Na angústia de ouvir palavras vãs?
O fato é que eu não preciso de resposta alguma.
A angústia me prende
E por pouco eu não esqueci a dança.
Eu não preciso de resposta,
Simplesmente porque as crio.
Ouvi um sábio dizer que memória e imaginação são vias de um só caminho, 
Por isso se tendo a esquecer
Invento 
Nossos caminhos tortos, 
Aqueles diálogos ininteligíveis
E de todos os males
Espero o pior.
Mas no fundo quero ver o céu azul
Enquanto minha busca é por finais felizes,
Desejos acordados,
Sede saciada,
Tuas palavras,
Teu amor...
Acordada ainda sonho,
Mas não consigo dormir
A tua espera(nça).

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Fio do sentidos

Tem um pedaço de mim preso no ar
Não existe arranha céu, escadas rolante
Nem pedras que possam ser arremessadas
Tampouco corta fios que enxerguem a linha tênue
Entre meu ultimo fio de cabelo e o meu desejo de voar

Dos cinco sentidos
Me trazem seis
Eu me desdobro, viro brisa,
Deito e rolo, não permito o fim

Um sentir volante, eis aqui
Movido a sonho e cor
 I N F I N I T O
Sem sentido
Manchados de espinhos
Dedos
Sangue
Dor

Enquanto a cabeça gira
Rodopio por todos os lados
Se dói me faço suportar
E lá de cima a lua
Um convite
Vermelho
É pra lá que eu vou
Pinte e desate-me!