De
uns tempos pra cá tenho pensado quais motivos tenho pra festejar, além do fato
de estar viva. Pergunto-me o que mudou e o que continua intacto, o que aprendi
e ensinei, quais lugares e pessoas conheci, o que vale(u) a pena, o que tenho
junto de mim, o que deixou saudade...
E falando
em saudade, me deixo levar pela emoção; passei por cima do ‘estar vivo’ mas o ‘sentir
falta’ não me deixa continuar. É inevitável
fechar os olhos e não me lembrar daquele alguém que me motivava a comemorar
todas as (minhas) conquistas do mundo, pois, para ele, todo o universo estava em
minhas mãos e nem o céu era o limite para quem espalhava sorrisos.
Precisávamos
apenas querer e foi essa vontade toda que me ensinou a sonhar. Parece-me que
aprendi direitinho, de tal maneira que quando mais precisei encontrei forças sei
lá de onda para ir além, mesmo sem a companhia de quem me colocava no colo ou
segurava firme a minha mão. Talvez o que me mantém de pé sejam mesmo os meus
sonhos.
De
tanto sonhar me convenci que devo ser “doutora do que quiser”, como bem ouvi
teus silêncios me dizerem sempre que eu ousasse colocar os pés no chão, afinal,
há céu e estrelas para todos nós.
Foi contemplando
tais estrelas que contamos nossos dias e, pelo menos uma vez no ano, meus olhos
ganhavam uma constelação, enquanto eu presenteava-o com o primeiro pedaço do
bolo e fingindo surpresa você sorria.
Olhando
para o ontem, vejo que fiz um pouco de quase tudo que pudesse acrescentar ao
meu mundo e até perdi, mas ganhei uma estrela das mais brilhantes no céu, que
me faz levantar todos os dias e sonhar bem mais, acreditar que eu posso chegar
lá, também. É por isso que eu comemoro.
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