sábado, 3 de agosto de 2013

Dois em um

Mergulhei naquele corpo
Submeti-me naquela água quente
Como um refúgio numa noite de inverno
Senti a duplicidade dos corpos
Único,  o meu na mistura do teu.

Aos poucos fui te acariciando,
A mão escorregava naquele suor
E deslizava causando delicados arrepios
Os abdomens se contraiam

O céu acabara de se encontrar com o meu
Nossa língua era o músculo que sentia o dissabor do prazer
Era um molhado, um suado, na verdade, uma mistura.
Um vai e vem, um vem e vai como uma onda calma.

O coração batia forte
O vai e vem acelerava cada vez mais
Existiam fortes suspiros ininterruptos
Por falta de ar

Quando cansada estava
O galope era devagar e delicado
Apenas o encostar dos lábios
Trazia calmaria e delicadeza entre os corpos.

Em silêncio, teus olhos me diziam tudo
Percorrendo levemente feroz as curvas minhas
Quero-te como quem se perde numa estrada
E encontra o caminho certo além do céu

Céu úmido, quente, tal qual chuva num dia de sol
Que de braços abertos te convida sem medo
A fazer parte um do outro por alguns minutos
Até o corpo tremer, gritar:
- Amor!


Emerson Natan
Paloma Israely

Nenhum comentário: