sábado, 31 de agosto de 2013

O mistério da romã


Em meio a dores, idas  e penitencias
Um colo amigo convida a se fazer companhia,
Talvez até poesia pra adoçar o que não tinha gosto.

Na sala de estar,
Pouca luz e sem olhos de vidro
Para dar visão ao lado de fora,
Vemos o verde florescer
Das sementes que um dia deixamos.

Diante das cores e do reflexo da luz do dia
Sorrisos e lágrimas festejavam um reencontro,
Até que a vista escureceu
E não sabíamos nem mesmo
O que havíamos plantado,
Nem um toque sequer.
Era hora de partir.

Distante, pensei ter sido mero devaneio,
Mas quem fez meus olhos brilharem
Sem tempo pra despedida
Deixou um pedaço de si:

A romã que ainda não sei como
Encontrei no meu quintal,
Era o que eu precisava
Para o mal ser curado.

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