Enquanto penso numa desculpa pra ficar
A noite insiste em não esperar por mim
Como criança desobediente, mas doce,
Não consigo controlar
minhas vontades.
Cantarolo repetidas
vezes aquela canção
Que há dias faz morada em meu peito.
Deixo a chuva cair sem cessar
E espalhar o sal pela minha face.
Vejo a poesia transbordar (nos) dos teus olhos.
Percebo que os fecha por preferir a poesia cega
Mas, ainda que de
olhos fechados, posso sentir/ver,
Bem como o vento que
levemente bate no meu rosto.
Quero ver aqueles olhos brilharem novamente
Junto com as cores resplandecentes do ocaso
Que ainda vão e vêm
na minha memória
Como passarinho perdido, à procura do bando.
Nenhum comentário:
Postar um comentário