sábado, 14 de julho de 2012

Sem Título




Portas abrem e fecham sem parar. Pessoas veem e vão. Lágrimas brotam de alguns olhos. Alguém fala, outro cala, mas lá não consigo ficar. Alguns recorrem a Deus, outros dizem FORÇA, todos querem saber e de alguma forma ajudar. Mas muito pouco pode ser feito, só nos resta acreditar e nesse lugar não mais voltar.

Depois de calafrios e falta de ar, quero apenas ficar na janela sozinha ou um abraço apertado e silencioso. O céu mais azul acompanhado das nuvens brancas parece mais próximo de mim como quem quer fazer companhia e/ou dizer algo. Lá não vejo sinal de chuva, mas, ao mesmo tempo, ela insiste em cair das nuvens mais doces, que agora não mais têm gosto de açúcar tampouco de sal.

Hoje quero apenas continuar vendo as borboletas, mas o rumo que suas asas tomam independe da minha vontade. Enquanto as nuvens se abraçam, as borboletas voam para bem longe. Mas sei que, quando eu quiser vê-las, só preciso fechar os olhos e senti-las, assim como quem vê o sorriso de um velho camponês.

Um comentário:

Janaina Cruz disse...

Muito bonito seu texto Paloma, as vezes eu também queria ter um lugar na janela, de poder abraçar os silêncios precisos e refazer-me.

Seu blog é lindo, sigo-o, ótimo sábado pra ti.