sábado, 21 de fevereiro de 2015

Apenas mais um fevereiro

Hoje, levanto da cama com o sol nas alturas e não ouço seus passos pelo corredor; 
Na cozinha, aquela xícara de café já não é a mesma;
Minha sala, de tanto estar, tornou-se solitária;
Ah, aquela cadeira!
Vejo o tempo passar, as tantas mudanças se aproximam e lá está nossa velha cadeira, onde teus sonhos dourados sempre me embalou.
Hoje, de especial só me restaram os retratos de um riso que quase não me lembro, não ouço mais; 
Era o dia da esperança pela longevidade
Cujo presente me pertencia, pelo simples fato de ser e estar aqui.
Presente que não embrulhei, tampouco passei para tuas mãos, mas o laço sempre se fez beleza em nós.
Hoje, era um momento de festa, de bolo, velas e gratidão; 
Mas, de real, eu tenho um peito cheio de cor e uma casa vazia. 
O café está frio, até o açúcar acabou e em cada cômodo da casa uma lembrança.
Aqui jaz um pedaço de mim inteira.

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