sábado, 13 de dezembro de 2014

16:09h (ou como escrever as horas)

Uma ânsia insaciável aqui dentro
Perambula do umbigo
À boca quase fechada .
Não clama
Não dorme
Não cessa
Uma quase dor(mencia),
Um vai e vem distraído
Pelo efeito badalado
De teu relógio de mão,
Que sem forças para suportar as paredes
Fez-se a menor das joias,
Uma moeda em seu tato
E aos cuidados de teus dedos
Fez-nos aproximar,
Tiquetaqueando do cheiro ao ar
Minhas coloridas borboletas seguem,
Do lado de dentro,
Aos ponteiros de onde tu estás .
Que não demore nosso entardecer;
Que minhas asas voem longe;
Que, depressa, essa agonia se torne pó.

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