quinta-feira, 3 de julho de 2014

Acordando

Cansados de verem acontecer,
Não serem participantes,
Não terem sequer voz ou vez
Levantaram-se de suas acolchoadas poltronas,
Vestiram-se da roupa mais básica,
Prenderam os longos cabelos,
Alimentaram as suadas mãos,
Seguiram incontestavelmente,
Lançaram voz e o que tinham pela frente
Em nome do pai, do filho e do espirito.
Enquanto isso, eu grito:
- Salvem a arquitetura!
Me olham torto,
Me dizem: - Pare!
Ateiam fogo.
- Bendito seja o que não é morto,
Junte-se a nós...
- Eu não sei,
Eu vejo um velho,
Ele me pede a memória...
- Emprestada?
(Silêncio...)

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